quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Músculos da Mastigação

Músculos da Mastigação



Os músculos considerados músculos mastigatórios  são os pterigóideos medial e lateral , masseter e o músculo temporal. Porém, em termos funcionais outros grupos de músculos são envolvidos na mastigação, como por exemplo, o grupo infra-hióide que são responsáveis pela estabilização do osso hióideo além de permitir que os músculos miloióide e ventre anterior do digástrico influenciam na posição da mandíbula, e o grupo pós –cervical que estão relacionados com a estabilidade da base do crânio.

O Temporal está mais envolvido com a movimentação e estabilização da mandíbula. É um músculo em forma de leque e bipenado que se origina na fossa temporal e se insere no processo coronóide da mandíbula. As suas fibras anteriores são elevadoras e as suas fibras posteriores que estão dispostas horizontalmente são retratoras da mandíbula, portanto o temporal é um músculo que atua como dois. A porção superficial bipenada possui aproximadamente 50% de fibras do tipo IIB e por isso possuem a capacidade  para aceleração dupla e desenvolvimento da tensão. Já a porção posterior possui fibras do tipo I e muitos fusos musculares o que representa uma adaptação a uma função postural.

O pterigóideo lateral possui duas cabeças. A cabeça superior se origina na face infratemporal da asa maior do osso esfenóide, em contração superior realiza movimentos mediais para baixo e para frente do côndilo, portanto está envolvida na abertura da boca. Já a cabeça inferior se origina na lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide, exerce algum efeito sobre o disco e está envolvida no fechamento da boca. As duas cabeças se unem e se inserem na fóvea pterigóidea do processo condilar da mandíbula. Nesse músculo predominam fibras do tipo I que proporcionam a capacidade de suportar forças de níveis relativamente baixas durante o trabalho contínuo.

Os músculos pterigóideo medial e masseter são os principais músculos elevadores. São multipenados e quadrados também possuem duas cabeças. Em ambos as fibras predominantes são do tipo I por isso são adaptados à fadiga em baixos níveis de força. Além disso, nas porções posteriores existe uma concentração relativamente alta de fibras do tipo IIB que permitem uma contração rápida e são sensíveis à fadiga, essas fibras também permitem produzir grande força intermitentemente na região dos molares da mandíbula.

O músculo pterigóideo medial se origina na fossa pterigóidea do osso esfenóide e se insere na face medial do ângulo da mandíbula. Já o masseter na sua parte superficial e origina em 2/3 anteriores da margem inferior do arco zigomático e se insere no ângulo da mandíbula, enquanto que a parte profunda se origina em 1/3 posterior e face interna do arco zigomático e se insere na face lateral do ramo da mandíbula. Apesar de ser divido apenas em superficial e profunda em termos funcionais o masseter consiste em 4 componentes: Anterior profundo, Posterior profundo, Anterior superficial  e Posterior superficial.

A proporção relativamente alta de fibras do tipo IIC e IM nos músculos mastigatórios indica que tais fibras são constituintes permanentes dos músculos mastigatórios, o que sugere características funcionais especiais desses músculos.

 

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