Músculos da Mastigação
Músculos da Mastigação
Os músculos considerados músculos mastigatórios são os pterigóideos medial e lateral ,
masseter e o músculo temporal. Porém, em termos funcionais outros
grupos de músculos são envolvidos na mastigação, como por exemplo, o
grupo infra-hióide que são responsáveis pela estabilização do osso
hióideo além de permitir que os músculos miloióide e ventre anterior do
digástrico influenciam na posição da mandíbula, e o grupo pós –cervical
que estão relacionados com a estabilidade da base do crânio.
O Temporal está mais envolvido com a movimentação e
estabilização da mandíbula. É um músculo em forma de leque e bipenado
que se origina na fossa temporal e se insere no processo coronóide da
mandíbula. As suas fibras anteriores são elevadoras e as suas fibras
posteriores que estão dispostas horizontalmente são retratoras da
mandíbula, portanto o temporal é um músculo que atua como dois. A porção
superficial bipenada possui aproximadamente 50% de fibras do tipo IIB e
por isso possuem a capacidade
para aceleração dupla e desenvolvimento da tensão. Já a porção
posterior possui fibras do tipo I e muitos fusos musculares o que
representa uma adaptação a uma função postural.
O pterigóideo lateral possui duas cabeças. A cabeça superior
se origina na face infratemporal da asa maior do osso esfenóide, em
contração superior realiza movimentos mediais para baixo e para frente
do côndilo, portanto está envolvida na abertura da boca. Já a cabeça
inferior se origina na lâmina lateral do processo pterigóide do osso
esfenóide, exerce algum efeito sobre o disco e está envolvida no
fechamento da boca. As duas cabeças se unem e se inserem na fóvea
pterigóidea do processo condilar da mandíbula. Nesse músculo predominam
fibras do tipo I que proporcionam a capacidade de suportar forças de
níveis relativamente baixas durante o trabalho contínuo.
Os músculos pterigóideo medial e masseter são os principais músculos
elevadores. São multipenados e quadrados também possuem duas cabeças. Em
ambos as fibras predominantes são do tipo I por isso são adaptados à
fadiga em baixos níveis de força. Além disso, nas porções posteriores
existe uma concentração relativamente alta de fibras do tipo IIB que
permitem uma contração rápida e são sensíveis à fadiga, essas fibras
também permitem produzir grande força intermitentemente na região dos
molares da mandíbula.
O músculo pterigóideo medial se origina na fossa pterigóidea do osso
esfenóide e se insere na face medial do ângulo da mandíbula. Já o
masseter na sua parte superficial e origina em 2/3 anteriores da margem
inferior do arco zigomático e se insere no ângulo da mandíbula, enquanto
que a parte profunda se origina em 1/3 posterior e face interna do arco
zigomático e se insere na face lateral do ramo da mandíbula. Apesar de
ser divido apenas em superficial e profunda em termos funcionais o
masseter consiste em 4 componentes: Anterior profundo, Posterior
profundo, Anterior superficial e Posterior superficial.
A proporção relativamente alta de fibras do tipo IIC e IM nos
músculos mastigatórios indica que tais fibras são constituintes
permanentes dos músculos mastigatórios, o que sugere características
funcionais especiais desses músculos.
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